sábado, 19 de fevereiro de 2011

Céu rasgado

Chega o nublado
Debaixo de um céu estrelado
De entre poemas e versos cantados
Partes ao acaso.

E logo te vejo partir do coração
Rasgas o céu com a tua emoção
Desesperado enchi-me de lágrimas
E pedi-te para não partires.

Mas a minha voz ecoou no vazio
Devorada pelo frio
Que deixaste em mim
Pois já não sei viver sem ti.

Haviam tantos sonhos para realizar
Tantas batalhas a travar
E objectivos a conquistar
Mas agora já nem o pássaro sabe voar.

E a solidão não parte
(Queria tanto que ela partisse)
A força de vontade de nada vale
Neste sonho que não cumpriste.

Peço-te, por favor,
Que não te culpes
Faz isso pelo nosso amor
Mas sonho que um dia voltes para mim.

Lágrimas de Amor

Ambiciono o céu
Desejo a lua
Quero o teu véu
Numa noite nua.

Neblina estrelada
Com beijos lutamos
Vida amada
Sem dor guerreamos.

Vive por mim
Eu sonho por ti
Ama-me a mim
Eu amo-te a ti.

Dor indolor
Lágrimas de amor
Amor sem dor
Atrais-me com fervor.

Naquele dia...

Eu tive um sonho há muito tempo
Quando a esperança ainda existia
Sonhei com fé de um momento
Sonhei com amor que não morria.

Ainda quando sonhava sem medo
Não havia razão para chorar
Tudo o que fazia sem segredo
O meu coração ia gostar.

Mas o mal da noite veio
Com chuva e tormento
Sem amor e com receio
Nasceu a dor do pensamento.

E ainda continuo a sonhar
Com o meu amor
Mas não há como me lembrar
De amor sem alguma dor.

Naquele dia eu sonhei
Que seria diferente
Mas agora eu recordei
Que foi a vida que matou o sonho que eu sonhei.