sábado, 8 de outubro de 2011

Eco de silêncio no mundo

As palavras dispersam na tua mente
Através da voz que nunca tiveram
Percorrem o teu cérebro demente
Nas profecias que deuses fizeram

São apenas pensamentos que desejas acolher,
No meu e no teu mundo,
Que tanto anseias esconder
Atrás de um eco de silêncio profundo.

Gritas a voz, muda, na tua garganta
Rouca e vazia e, lá, perdes a esperança
Que certamente nunca tiveste
Amaldiçoada como sempre quiseste.

E no sombrio sol que te rodeia
Percorres medos, nunca esquecidos
Nessa tua miserável vida de plebeia
Deitaste no chão de sonhos perdidos

Onde o ódio te assombra a alma
Decides fazer-te à vida
Em movimentos de tamanha calma,
Enquanto vendes o corpo numa causa perdida.

Obscura te tornaste
Minha luz da madrugada
Foste ao fundo e mim levaste
À tua porta, tão drogada

E perfeita é a tua escuridão
Penetrante! Maliciosa!
Possuíste-me no turbilhão
No leito de uma morte honrosa

E a luz evaporaste em mim
Na minha inconsciência
Víbora!
E ecoas no meu silêncio
No fundo
No fundo...