sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sol

Tarde-se em nós o meu amor
Mas não a tua boca,
Pois tarde chegará a dor
Que a mente humana põe louca.

Porque sou tirano apaixonado,
De fraca aparência,
Sou poeta, do teu corpo idolatrado
E do beijo da tua ausência.

A minha saudade corrói
A consciência que há em mim
Quando te afastas e dói
Na certeza que não sei viver sem ti.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mistério

Onde está a inquívoca verdade
Que me faz sentir melhor?
Estará, longe, na tua saudade
Ou em algo apenas pior?

Alguma vez te desapontei?
Ou deixei uma amargura
No teu corpo. Pintei
A tua alma ou a tua figura?

O amor será uma utopia
Ou apenas uma obrigação?
Uma vida? Vazia?
Lá vai na malha o meu coração.

Que fogo queima tão friamente
As mãos de alguém que te toca
Do homem que sou!
Que te agarra fortemente
De uma maneira única,
Como nenhum homem te desejou.

Vejo em ti a sombra que encobre
Os olhos que são teus.
Vejo e revejo a verdade dos meus
E o mistério que ninguém descobre.